terça-feira, 16 de novembro de 2010

Rubens é contra o retorno da CPMF

Por: O Estado do Paraná
A recriação da CPMF não tem respaldo da maioria dos deputados federais paranaenses eleitos. Alguns deles vinculam o repasse de mais recursos para a área da saúde após a discussão e aprovação da reforma tributária, como a deputada eleita Cida Borghetti (PP), que não vê a volta da contribuição como uma resposta para a área da saúde.

“Os brasileiros já pagam muitos impostos. A reforma tributária é importante e deveria acontecer antes da volta da CPMF. Se for reduzida a carga tributária e implantada a CPMF & eacute; outro caso, mas nesse momento acrescentar mais um imposto a pagar fica muito pesado”.

Cida ressalta que o Brasil precisa melhorar o atendimento na área da saúde. “Principalmente em relação aos transplantes e à medicina de alta complexidade. Com os recursos que o Ministério da Saúde já tem e as emendas parlamentares, se fizer gestão forte priorizando o atendimento, acho desnecessária a recriação da CPMF”, diz.

O deputado eleito Rubens Bueno (PPS) concorda que não se pode descuidar no destino de mais recursos para a saúde, mas também é contrário à CPMF. “Temos que buscar outros tipos de financiamento para a saúde, diminuindo desperdícios do próprio orçamento”, afirma. Da mesma forma que o se nador Alvaro Dias, Rubens Bueno se refere a “estelionato eleitoral”, caso o governo Dilma Rousseff insista na CPMF. “Vai ficar um carimbo claro de estelionato eleitoral. O que é preciso é reduzir onde há gasto sem necessidade, pois a arrecadação aumenta todo mês”, diz.

Já Rosane Ferreira (PV) diz que vai ser preciso convencê-la da necessidade da volta da CPMF. “A princípio sou contrária, terão que me convencer com muito argumento técnico para que eu mude de ideia. Temos que regulamentar a emenda 29. Recursos públicos têm que ser gastos com mais critério. Vemos dinheiro sair dos ministérios e desvirtuar no caminho”, critica.

O tucano Luiz Carlos Hauly diz ser radicalmente contra a CPMF e defende a reforma tributária. “Com o fim da CPMF, o governo não perdeu um centavo e aumentou a arrecadação. Se o governo não investiu mais na saúde foi porque não quis”, diz Hauly. No PMDB também não há muita simpatia com a causa. O deputado Reinhold Stephanes se declara contra, se permanecerem os moldes nos quais a CPMF era aplicada.

A única voz favorável a possível volta da CPMF vem do PT. “Sou favorável, desde que se estabeleça um mínimo, que a cobrança seja para movimentação acima de R$ 3,5 mil e que os recursos passem direto ao Fundo Nacional de Saúde, sendo 50% para a União e 50% para estados e municípios, de forma semelhante ao que está sendo proposto na Contribuição Social para a Saúde (CSS)”, diz Dr. Rosinha (PT), que ressalta que no momento n&atil de;o há mobilização política para trazer o assunto da CPMF à tona.
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Fonte: http://portal.pps.org.br/

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