sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Para Temporão: 'CPMF é uma opção' eu digo que não é... Helaine Araujo

       Eu fico pensando se esses ministros, governadores, presidente consegue pensar em outras palavras que não seja CPMF, acredito até que devem sonhar e ter altos delírios com ela. Realmente a CPMF deve ser remédio para a saúde, mas não do povo, mas do bolso dos que defendem seu retorno.
       Eu só queria mandar um recado para o Ministro Temporão e seus colegas de profissão, que a saúde não tem recursos, porque eles não sabem gerir o seu caixa, pois se tivessem uma controladoria eficiente, ética, de respeito, não teriam tantas fraudes acontecendo no setor público, diga-se de passagem na área da  saúde. Pois se as licitações fossem feitas corretamente os gastos seriam menores, se cortassem os gatos desnecessários também teriam verba para aplicar onde há mais urgência, se houvesse planejamento saberiam onde precisam de hospitais e se tem profissionais para operar as máquinas que muitas vezes estragam ainda dentro da embalagem porque não tem operador. Compras mal feitas, super faturadas, pagam mal aos médicos, enfermeiros, profissionais da saúde, deixando brecha para fraudes, como vemos no SUS, roubo de medicamentos, etc. 
      Senhor Ministro sinto informar que não é criando impostos, exonerando o bolso do contribuinte, do povo que vocês vão resolver a questão da saúde, pois esses recursos continuaram escorrer pelas mãos se vocês não se tornarem administradores competentes, quando entenderem que este dinheiro pertecem ao povo e que deve ser gerido com ética, com responsabilidade. O povo não pode ser punido por vocês usarem mal o nosso dinheiro nos setores de necessidades básicas.
     Se tenho uma firma e ela não tem caixa para suprir a produção, o que faço para não fecha-lá? Vou refazer meu planejamento, verificar a produção reduzindo assim os gatos, analisar se posso produzir com um material um pouco inferior deste que este não interfira na qualidade do meu produto, ver onde posso classificar meu produto e reduzir os tributos dentro da lei, posso também tentar diminuir meu custo fixo ao negociar meu aluguel, ganhar mais prazo com os fornecedores e assim reduzir meus custos, para obter capital, já que  não tenho a opção de tributar vocês.
     Para vocês a forma mais fácil é criar impostos, mas não seria melhor reduzi-lo para que não houvesse tanta sonegação? Se a carga tributária não fosse tão pesada, com certeza todos pagariam e a sonegação seria mínima, claro desde que os serviços públicos fossem de qualidade, observando um direito constitucional de serviço básico. Imagine todos contribuindo mesmo com uma redução de tributação, quanto o governo não arrecadaria, ainda mas se prestassem serviços com qualidade, eu como brasileira me sentiria bem, vendo o dinheiro bem empregado, mas infelizmente não é o que acontece. O que vemos é vocês querendo cada vez mais e dando cada vez menos, cumprindo cada vez menos com suas obrigações.


Matéria postada no Portal de notícias G1 em 11/11/2010

Ministro defende mais recursos para Saúde e diz que 'CPMF é uma opção'

Para Temporão, saúde pública sofre com problemas de financiamento. Ministro participou de lançamento de campanha de combate à dengue.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu nesta quinta-feira (11) um acréscimo de R$ 50 bilhões ao orçamento do setor. Questionado de onde sairiam os recursos, o ministro disse que os repasses poderiam vir da "União ou de um novo imposto" e que a "CPMF é uma opção".
A possibilidade de recriação da contribuição, extinta em 2007, retornou ao noticiário depois de uma declaração da presidente eleita sobre o tema. Dilma Rousseff afirmou que há uma "pressão" de governadores para que haja uma compensação para a perda de receita com o fim da CPMF e que está disposta a negociar o tema com eles.
De acordo com o ministro Temporão, a rede pública de saúde no Brasil sofre com problemas de gestão e de financiamento. Para ele, é necessário "melhorar a qualidade dos gastos" e "resolver a fragilidade financeira do setor".
Seja qual for a solução, ela não pode sofrer os mesmo problemas da CPMF, que deixou os recursos serem usados em outras áreas"
José Gomes Temporão, ministro da Saúde
Campanha
Nesta quinta, o Ministério da Saúde lançou uma nova edição da Campanha Nacional de Combate à Dengue. De acordo com o ministro, a campanha terá a distribuição de folhetos e propaganda em emissoras de rádio e televisão, com peças publicitárias que vão utilizar depoimentos de pessoas que tiveram a doença ou com familiares e amigos vítimas da dengue.
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A partir da próxima semana, o ministro visitará as cidades onde há maior risco de disseminação da doença, com o objetivo de divulgar a campanha.
Mortes
O número de mortes provocadas pela dengue no país aumentou 89,7% neste ano (no período entre janeiro e 16 de outubro) em relação a todo o ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta (11) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, houve 312 mortes em 2009 e 592 entre janeiro e 16 de outubro deste ano.
O número de casos notificados da doença, informou o ministério, aumentou mais de 90% no mesmo período. Em todo o ano de 2009, foram notificados 489.819 casos e, neste ano, mais de 936 mil.

Acesse o link: http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/11/ministro-defende-mais-recursos-para-saude-e-diz-que-cpmf-e-uma-opcao.html

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Mortes por dengue crescem 90%
Extinção da CPMF foi 'ignorância sem precedentes’, diz Lula
Dilma diz que há pressão de governadores pela CPMF

Fonte: http://g1.globo.com/

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