quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Chuvas, Verba para prevenção fica no papel

Até quando vamos contar mortos neste país???
Tem que ter prevenção, não só liberar verbas p/ depois da tragedia e sim antes...
É engraçado, que para criar impostos para arrecadar caixa, o governo sabe, mas na hora de fazer o seu serviço fica a desejar. Como pode ser tão relapso com a sociedade, onde vidas se perdem por falta de executar um serviço? Até onde vamos aceitar tais atitudes do governo, onde ficamos a mercer de autoridades egoistas, preocupados com os seus umbigos, onde só fazem obra para se eleger e não para o bem da sua Cidade, Estado, País? Até onde vamos aguentar que leis e responsabilidades governamentais fiquem só no papel? O que adianta fazer obras que aparecem para se eleger se agora nem cidade tem para eles governarem? São vidas, não são brinquedos de maquetes que vocês montam e idealizam de acordo com seu bel prazer. A realidade é outra, há anos temos esses noticiários na TV e nada é feito. Devemos ficar atentos nas propagandas que o governo faz, nas matérias jornalistas que mostram a saude precária. Realmente é precaria mas não por falta de verba e sim por má gestão. É assim que eles fazem, arrecadam mas não aplicam nos serviços básicos para a sociedade.
       Realmente é lastimável assistir a tudo isso e ficar imune a dor, meu coração está pesado ao ver tanta dor, tanta perca, tanta vidas indo embora por descuido das autoridades.

O Globo -13/11/2011 

 Governo federal só aplicou 39% dos recursos previstos para o país. Dinheiro para Região Serrana não foi liberado
Apesar das recorrentes tragédias causadas pelas chuvas, o governo federal mantém a tradição de investir pouco — e bem menos do que promete — para evitá- las. Embora tenha previsto R$ 425 milhões para o Programa de Prevenção e Preparação para Desastres em 2010, o Ministério da Integração Nacional só aplicou R$ 167,5 milhões, ou 39% (inclusive os restos a pagar, ou seja, as despesas de anos anteriores honradas depois). Os dados constam de levantamento do Contas Abertas no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo (Siafi).
 O Estado do Rio recebeu apenas 0,6% da bolada distribuída (R$ 1 milhão), aplicados na capital, em Rio Claro e em Volta Redonda. Outro dado do Siafi mostra que o governo federal deixou de repassar recursos até para as cidades atingidas na Região Serrana. Os R$ 450 mil previstos para “apoio a obras preventivas de desastres/contenção na estrada Cuiabá (Petrópolis)” — área destruída pelas chuvas — não foram liberados. Para Nova Friburgo, a estimativa de repasse era de R$ 21,7 milhões para “obras de pequeno vulto de macrodrenagem”, mas os recursos não chegaram.
 O orçamento de prevenção a desastres com enchentes deveria ter o seu cumprimento rigorosamente obrigatório. Infelizmente, o governo federal coloca essas dotações na vala comum dos programas fictícios — disse o deputado federal Otávio Leite (PSDB), que fez o levantamento sobre a Região Serrana no Siafi.
 Além de não aplicar o previsto, o governo gastou mais em 2010 para reparar os danos provocados pelos desastres do que o investido em prevenção.
 O Programa de Resposta aos Desastres e Reconstrução, por meio do qual são liberadas as verbas após a ocorrência de tragédias, destinou R$ 2,3 bilhões a todo o país, ou 14 vezes o que foi aplicado em prevenção. Neste caso, o Rio foi o segundo mais contemplado, com R$ 377 milhões para 32 cidades. Fica atrás de Pernambuco (R$ 380 milhões)

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