Assim até eu encho comício, passeata, basta pagar, dar comida, aquela velha história de militância paga, só que agora não mais com dentadura, cesta básica, mais com dim dim. Se já não bastasse voto por cabresto, isto mesmo, cabresto, não é o que o cara, O CARA , tá fazendo, indo na televisão pedindo voto. Que coisa feia, se ele tivesse realmente essa popularidade toda não precisava se expor para a candidata ganhar voto, bastava só a sigla do partido, a imagem formulada por cada eleitor, não esta poluição visual, se ao menos fosse para apresentar seus trabalhos, expor o seu exercicio como presidente, seus feitos fora assunto de campanha, vá-lá. Conseguiram descer mais ainda na escala, retrocedem da maneira mais cruel, contra tudo que lutaram. Pediam, denunciavam os coroneis e o que estão fazendo não é a mesma coisa?
Se fosse tão querido tinha ganho de primeira e não precisaria lançar mão desses artificios.
O coisa nojenta esta eleição. Não sei como as pessoas não percebem, o povo não enxerga, é demais a pouca vergonha da eleição, conseguem manchar a nossa democracia.
Leia a matéria abaixo:
Idolatria por Lula e militância paga motivam petistas
Muita gente vai votar nela para ele voltar depois. A verdade é que o povo já tá com saudade dele", disse na manhã de sábado a funcionária pública Cida Aguiar, 34, minutos antes de o helicóptero petista pousar em Carapicuíba (Grande São Paulo).
Ele é Lula, o primeiro operário a governar o país, a pouco mais de dois meses de passar a faixa presidencial. Ela é Dilma Rousseff, candidata do PT ao Planalto, que lidera as pesquisas para a eleição deste domingo.
O clima de despedida do presidente deu o tom emocional do último fim de semana da campanha petista, quando ele comandou carreatas por áreas pobres ao lado de sua candidata.
O desejo de ver e ser visto por Lula fez eleitores encherem calçadas, escalarem muros e se espremerem em janelas em Diadema e Carapicuíba, na grande São Paulo (sábado), e nos bairros de Bangu e Realengo, na zona oeste do Rio (domingo).
Nos dois dias, repetiram-se cenas de choro e de beijos dirigidos ao presidente. Ele retribuiu na mesma moeda, mandando o motorista parar o carro aberto para distribuir abraços e cutucando Dilma quando ela se distraía e não correspondia a um aceno.
"Vou votar nela porque estou satisfeita com o governo dele", resumiu a dona de casa Maria de Fátima Carvalho, 53, após a carreata de ontem no subúrbio carioca. "A gente tem que pensar positivo e ter esperança de que ela vai continuar."
A poucos quilômetros de Campo Grande, onde o candidato José Serra (PSDB) foi hostilizado por petistas na semana passada, não havia sinais de tensão eleitoral.
Pelo contrário: sem adversários por perto, o episódio foi transformado em piada pela minoria de militantes mais engajados, com ligação a sindicatos ou ao PT.
Um deles, que não quis se identificar, circulava com camiseta do partido e uma bolinha de papel amarrada ao cabelo, endossando a versão de Lula de que o tucano teria encenado a agressão. (Serra diz ter sido atingido por um rolo de adesivos atirado 15 minutos depois da bolinha).
De chapéu e tênis vermelhos, o bancário Roberto Rossi, 52, ria da invenção do colega. "Aquilo não fez nada a ele. Se ainda fosse uma latinha de cerveja, né?"
O caso que inflamou o conflito entre PT e PSDB animava um grupo de 20 jovens militantes na tarde de sexta-feira, em ato da campanha petista em Belo Horizonte.
Depois de improvisar uma coreografia do "Dilmalation", inspirada no rebolation baiano, a turma explodiu num coro debochado contra o tucano: "Ô José Serra, mas que caô/ A bolinha de papel não machucou".
A empolgação dos estudantes quebrou a monotonia do único evento sem Lula dos últimos três dias: um encontro de Dilma com políticos mineiros, no Iate Clube.
Na ausência do presidente, a campanha precisou recorrer a militantes pagos ou de movimentos sociais amigos para encher o salão de festas onde a candidata discursou. A maior claque, de cerca de 30 pessoas, segurava bandeiras do PR.
CADÊ O BUFÊ
"Disseram que ia ter bufê, mas não teve. Era mentira", reclamava a desempregada Luciana Rodrigues, 35, à espera do ônibus para voltar à periferia de BH.
Com a sigla na camiseta, ela não sabia nomear um político do partido, que pagou R$ 450 por 15 dias de "militância". Disse ser fã do senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG), que perdeu a chapa tucana para Serra. "Se fosse ele não tinha para ninguém aqui. Mas agora sou Dilma", explicou-se.
Entre os jovens do coro, o discurso era de dedicação voluntária ao PT. "A gente milita em busca de um ideal. O pessoal do Serra só fica na rua até as 16h, quando acaba o horário deles", provocava o estudante Yuri Terra, 24, bolsista do ProUni.
Em Carapicuíba, onde outra claque do PR recebia R$ 600 pelo mesmos 15 dias, um grupo de dez mulheres petistas dizia madrugar na busca de votos em porta de fábrica.
Encostada ao palanque, a cadeirante Aparecida Antenuzi, 39, assistiu ao comício aos prantos e jurou fidelidade ao presidente. "Ele é diferente dos outros políticos porque sabe o que é passar fome", disse ela, vítima de paralisia infantil aos 3 anos.
Quando a reportagem lembrou que a candidata era Dilma, afirmou: "Eu confio nela, espero que ela possa seguir as coisas que o Lula fez. Mas igual a ele, tenho certeza que nunca vai ter".
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Fonte: http://www.folha.com.br/
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