SÃO PAULO - Em meio ao início da disputa na base governista por ministérios e cargos em estatais no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, alguns partidos já começaram a se articular para formar blocos parlamentares com o objetivo de ocupar, na próxima legislatura, espaços importantes na estrutura da Câmara.
De acordo com o regimento interno, os cargos na mesa diretora da Casa e nas comissões permanentes são distribuídos conforme o tamanho das bancadas ou dos blocos partidários. Para superar o PT (88) e o PMDB (79), que elegeram o maior número de deputados nas eleições de outubro, PP (41) e PR (41) se uniram e formaram um bloco composto por 82 parlamentares.
As duas legendas, entretanto, negociam a adesão do PTB (21). Desta forma, o bloco pode ser formado por 103 deputados. Com essa bancada unida, os três partidos terão força suficiente para poder quebrar a hegemonia de petistas e pemedebistas na Câmara.
O bloco funciona como uma espécie de única bancada para distribuição de cargos. Por isso, a união interessa mais aos partidos pequenos e médios, que, com um menor número de deputados eleitos, têm pouca margem para pleitear cargos importantes.
A decisão do PTB deve sair nas próximas semanas, quando o líder petebista na Casa, deputado Jovair Arantes (GO), voltar de uma viagem ao exterior. Segundo o líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), o bloco abre possibilidades maiores de atuação.
A experiência foi bem sucedida na atual legislatura, com o bloco formado por PSB, PCdoB, PRB e PDT. Apesar disso, os quatro partidos ainda não fecharam um acordo com vistas ao próximo ano. Líder do PSB, o deputado Rodrigo Rollemberg (DF) ressaltou que as legendas têm afinidades políticas e alguns parlamentares já se manifestaram a favor da união novamente.
(Fernando Taquari | Valor)
Acesse o link: Partidos negociam a formação de blocos para garantir cargos na Câmara
Fonte: http://www.valoronline.com.br/online
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